domingo, 16 de dezembro de 2007

A vida é frágil...



Sabe quando acontece de algumas vezes a gente ficar com um pensamento na cabeça que teima em não querer nos abandonar? Pois é, foi mais ou menos o que aconteceu comigo essa semana. Meu irmão caçula tem um amigo que vez ou outra aparece na minha casa e por conta disso acabei pegando certa amizade também. Recentemente, estávamos todos batendo papo no terraço, daí conversa vai, conversa vem e lá pelas tantas acabo descobrindo que este rapaz tem sérios problemas cardíacos e que em certa ocasião (na verdade, há uns 6 meses atrás) o médico disse que ele só deveria viver mais uns 3 anos. Caramba... confesso que isso foi um choque pra mim. Como pode um menino tão novo (ele tem só 22 anos se não me engano) e aparentemente saudável estar com os dias contados? O interessante é que ele nos contou que já chegou a "morrer" oito vezes (inclusive uma dessas aconteceu no trabalho, ele simplesmente "apagou" de repente e depois de ser examinado chegou até a ser dado como morto, mas quando estava pronto para ser levado para a autópsia voltou a abrir os olhos e se levantou... a enfermeira até hoje não acredita) e que ainda resta "uma vida" pra ele... e ele fala tudo isso no maior bom humor, sorrindo e tudo o mais. Fico pensando: o que se passa na mente de uma pessoa nesta situação? Será que já aceitou seu destino? Será que o fato de ter "morrido e voltado" várias vezes o fez acreditar que a morte dificilmente irá lhe levar? Será que ele preferiu parecer calmo porque estava conosco, mas deve sofrer pensando nisso quando se encontra sozinho? Será que ele acredita que o tempo de vida que o médico (e não foi apenas um pelo que eu soube) estipulou estará incorreto, afinal, como alguém pode prever isso? Aliás, fui informado de que o doutor chegou a dar o diagnóstico simplesmente "na lata mesmo", sem rodeio nenhum. Como deve se sentir uma pessoa a receber tão trágica notícia (minha mãe me disse que chegou a conhecer uma pessoa que morreu só do susto de receber uma notícia semelhante, lá mesmo, na cadeira do consultório)? Vou te dizer, não sei como reagiria a algo desse tipo e, sinceramente, não quero nem pensar em descobrir. Sei que somos seres finitos, mas prefiro não ter a mínima idéia de quando será "a minha hora", mesmo que este momento esteja muito próximo. Ah... mais uma coisinha que esqueci de mencionar: o rapaz pretende se casar no início do ano que vem e praticamente todo mundo que o conhece, inclusive a noiva, sabe deste grave problema de saúde. Aí eu me pergunto: se fosse eu no lugar dele, ainda teria tomado esse tipo de decisão? Creio que não, sei lá... E vcs? O que fariam??

10 comentários:

Elvis "Wolvie" disse...

Vamos combinar... que assuntinho pesado para domingo à tarde, hein? >___<

Well, eu com certeza reagiria mal a uma notícia dessas, por não ter ainda realizado grande parte dos meus sonhos. E ficaria completamente desnorteado só em imaginar como minha mãe ficaria se eu morresse.
Apesar de querer realizar esse tipo de coisa antes de morrer, eu não teria coragem de me envolver com alguém sabendo que dentro de pouco tempo seria mais uma pessoa a lamentar a minha perda.
Talvez após um sofrimento inicial, eu me acalmasse e me conscientizasse de que é apenas mais um estágio da vida. Diante de minhas crenças, seria até razão para comemorar.

Contudo, não sou capaz de julgar as ações do rapaz, pois cada vida é diferente e cada mente trabalha de um jeito. Também não posso precisar a maneira como eu reagiria em uma situação semelhante.

Well, só o que posso realmente concluir é que eu não gostaria de passar por isso tão jovem.

Anônimo disse...

Gente, calma aí... Pode ser "triste" sim se deparar com uma situação dessas quando o "normal" seria ter uma vida longa e de fim imprevisível mas... quem pode ter realmente certeza? Mesmo com as previsões dos médicos, eles não podem determinar a hora exata da morte deste rapaz. Tanto é que ele já quase foi e voltou algumas vezes. Na verdade nós não estamos numa situação diferente da dele... apenas ninguém nos contou que provavelmente estaremos indo em breve. Quem pode contar nosso tempo aqui? Nenhum ser humano, definitivamente.

Pelo que você relatou, Gilvan, eu gostei de ver a atitude do rapaz. Apóio o casamento dele. Ele está vivendo. Não importa o que os médicos disseram. Ele tem vida neste momento e a está vivendo... Está seguindo seu coração. Se ele encontrou alguém que o ama e que quer compartilhar a vida com ele, pq não deveria se casar então? Só pq ele "vai embora" mais cedo? Isso é impencilho? Então ninguém deveria se casar pois no dia que o parceiro morrer, É CLARO que a outra pessoa irá sentir. Se o tempo que eles dois tiverem como casados for pouco... que importa?! Não é bem melhor doq se amando não ter tido essa oportunidade tão linda de compartilhar um fragmento de vida juntos?

Uma vez que nascemos, estamos fadados a morrer um dia... O problema é que vemos isso como algo terrível... quando na verdade não é bem assim. Umas pessoas partem mais cedo, outras demoram mais. Já ouví, inclusive, de casos em que o médico havia predito apenas poucos meses de vida e a pessoa surpreendeu a todos vivendo ainda por anos! Vida, morte... tudo isto é muito imprevisível... e mesmo que fulano tenha sido diagnosticado com apenas mais alguns anos de vida... quem pode afirmar que cicrano, que é completamente saudável, viverá mais que ele?

Gente... sinceramente... pra mim o que importa não é quantos anos eu ainda vou viver. Eu não sei se vou morrer hoje, amanhã ou daqui a muito tempo... Mas eu sei que quero ser autêntica até o fim... e quero usar de forma genuína este LINDO DOM que Deus me deu... a vida.

Este seu amigo, Gilvan, está usando o presente da vida da melhor forma que pode... sendo ele mesmo e seguindo seu coração. Que ele seja feliz enquanto ele respirar... seja lá quanto este tempo for. Acho que devemos inclusive aprender com ele a vivermos autenticamente cada dia... de modo a não termos doq lamentar, não importa quando Deus nos chamar de volta para casa.

Abraço grande.

Elvis "Wolvie" disse...

Para não dizer que sempre discordo das opiniões da srta. Lemon, eu concordo. Acho até que exagerei em alguns pontos do que eu disse e reavalio minha opinião após ler a da senhorita.
Realmente, não podemos viver pensando no amanhã. Se vamos morrer amanhã, ou daqui a oitenta anos, não podemos saber. Só nos resta viver um dia a cada vez, buscando os frágeis e efêmeros momentos de felicidade e aprendendo com os duros e duradouros momentos de intempéries.
Se a garota está ciente e quer casar com ele correndo o risco, ótimo. Se eles se amam, devem aproveitar cada segundo mesmo. Que casem o quanto antes!
E é verdade, pode ser que ele viva por décadas a fio ainda.

Mas uma coisa eu mantenho do que eu disse antes: eu não sei se teria coragem de entrar num relacionamento após uma notícia assim. Eu precisaria de um trabalho psicológico.

Anônimo disse...

Cuidado... Não tenha medo de viver só por saber que um dia a vida acabará.

Afinal... se preferir evitar sonhar e buscar realizar seus sonhos, de que adianta então estar vivo?

Essa é a beleza da vida... procurar realmente vivê-la e não simplesmente deixá-la passar. Mais vale poucos anos vividos genuinamente do que muitos e muitos passados boiando.

;)

alex marques disse...

Eita assuntinho pesado hein, mas tudo bem!

O melhor livro de Paulo Coelho que li foi "veronica decide morrer" e como em todos os livros dele, esse deixa uma mensagem que seria: " a conciência da morte, nos tras a conciência da vida" ou seja quando a personagem soube que seu diagnóstico seria a morte breve, tomou conciência de todos os anos que passou na mesmice de uma vida sem graça a qual ela mesmo tentou ceifar praticando uma tentativa de suicídio, deste ponto em ante resolveu viver um dia de cada vez e aproveitá-los ao maximo.

Outro exemplo que todos devem conhecer é o da borboleta que após restejar, por um único dia ela ganha asas, e sai colorindo os locai por onde passa com o seu "borboletear".

E tem também um outro lado da historia: Acredito que como eu, voce é uma pessoa que tem fé em Jesus Cristo, e ele prometeu que todos os que nele crêrem, não morrerão mais sim ter~~ao a vida eterna!

E pra finalizar estou preocupado com voce! Não é a primeira vez que voce toca no assunto! Até mais!

Anônimo disse...

Eu muito apreciei as opiniões de ambos, foi realmente bom saber o que acham a respeito deste caso. Creio que eu poderia ter sido até um pouco mais claro no que se refere aos meus pensamentos com relação a esta questão. Sabem o que mais me incomodou nisso tudo? Não é exatamente quanto tempo de vida o rapaz teria pela frente (segundo os médicos) e sim o fato dele estar ciente disso (apesar dos pesares um parecer médico é algo que deve ser meio que levado em consideração). Como bem foi exposto aqui por vocês, é evidente que seu prazo de vida é imprevisível (eu mesmo que fiquei tão preocupado posso até "seguir viagem" muito antes dele. Quem sabe?) e que o rapaz permaneça vivo durante muuuuito tempo, mas o que me deixa chateado é esse negócio de haver um tempo estipulado para que sua vida chegue ao fim. Mesmo que esteja incorreto, isso acaba ficando na cabeça da pessoa (ao menos na minha ficaria com certeza) como um fantasma que jamais nos abandona. Sinto como se nossa vida jamais fosse a mesma depois de ouvir algo tão preocupante vindo de um médico. Esta é uma das razões pela qual eu digo que jamais gostaria de saber quanto tempo ainda me resta, mesmo que este tempo seja curto para que eu possa realizar algum sonho.

Com relação ao casamento do rapaz, acho que a Renata tem razão (depois de muito pensar no que ela disse)... se a moça está sabendo da situação e ainda assim quer fazer isso, creio que eles devem mesmo tentar uma vida juntos independente do que o amanhã possa lhes reservar. Melhor mesmo viver o mais intensamente que puder do que deixar a vida passar se sentindo sempre "anestesiado".

Agora concordando com Elvis... se fosse comigo acho que não inventaria de me casar tão cedo se eu de certa forma pensasse que teria um "prazo de validade" previamente calculado (mesmo que incerto). Pois é, pessoal... pra mim o problema seria puramente psicológico, ficaria sempre pensando na esposa (ou talvez um filho) que poderia deixar.... e me conhecendo do jeito que eu me conheço sei que muito dificilmente eu teria paz de espírito com esta "sombra sinistra" sempre me rondando, estou certo de que maus pensamentos estariam sempre na minha mente. Eu teria que trabalhar isso.. e muito. Creio que o mais provável é que eu seguisse minha vida com namoros sem muito compromisso, felizmente existem muitas garotas que preferem viver assim também. Bom, não deixa de ser uma opção, neh?

De qualquer forma, confesso que não sei REALMENTE o que faria se eu mesmo fosse vítima do problema. Se tem uma coisa que a gente aprende a duras penas é que jamais devemos dizer "nunca"... e afinal de contas, o amor é algo que meras palavras não tem condições de definir.

Espero que o que falei não tenha ficado muito confuso!^^

Well, acho que é isso... obrigado pelos comentários de vocês.
Grande abraço!

Anônimo disse...

Puxa, Alex... o melhor livro de Paulo Coelho que vc leu foi "Veronika decide morrer"? Sério?? Esse eu comecei a ler (faz tempo isso) mas achei chatíssimo e desisti (assim como aquele outro "O demônio e a senhorita Prym). Na verdade o único livro que li do autor e gostei foi "O Monte Cinco", mas também não li muitos outros.

Bem... eu já conhecia esta mensagem que vc citou, mesmo que a fonte não tenha sido o tal livro.=)

Sim... eu creio em Jesus e na vida eterna, mas também desejo que minha vida terrena dure o máximo que puder.

Hummm... não é a primeira vez que eu toco neste assunto? É mesmo? Já falei contigo a respeito dessas coisas alguma vez? Não tô lembrado!!

Abraço!

Elvis "Wolvie" disse...

E eis que esse post foi mesmo interessante. =P
Normalmente nesse tipo de assunto, a srta. Lemon tem uma opinião que normalmente é próxima da de Gilvan, e a minha é distante das de ambos. E nesse post não só eu concordei com a opinião da srta. Lemon, como Gilvan também alterou a sua opinião, e ainda concordou com a minha! o.o É muita concordância num post só! XD

alex marques disse...

Bomba 4400 cancelado!!


O canal USA acaba de cancelar as séries de sci fi The 4400 e The Dead Zone.

A informação, divulgada nesta quarta-feira (19/12), não surpreendeu a imprensa especializada norte-americana. Apesar de terem tido estréias marcantes - em 2002, a estréia de Dead Zone teve 6,4 milhões de telespectadores e a de The 4400, dois anos depois, foi ainda mais espetacular, com 7,4 milhões de audiência - as duas séries vinham mantendo números baixos de audiência nos últimos anos.

O USA também mudou de foco nos últimos anos, passando a apostar mais em shows policiais como Monk, Psych e Burn Notice e dramas como The Starter Wife.

O criador e produtor executivo de The 4400, Scott Peters, confirmou a notícia em um fórum no site do canal e lamentou a decisão:

É com grande tristeza que eu passo adiante a informação que eu acabei de receber - The 4400 foi cancelada. Nós tivemos ótimos momentos trazendo para vocês esta história e mergulhando nas vidas destes incríveis personagens. (…)
Tanto The 4400 como The Dead Zone ficarão sem final. The 4400 já teve sua quarta temporada exibida no Universal Channel, que terminou mostrando Jordan Collier (Bill Campbell) e seus seguidores assumindo o controle de Seattle. Já The Dead Zone possui uma sexta temporada inédita no Brasil, que deve ser exibida no canal AXN em 2008.

Que pena! Vi a aprimeira temporada e estava bastante animado para acompanhar as demais! Mas com esta notícia meu interesse caiu muito pois segundo a noticia o seriado fica sem final!! Que pena!

Denise Egito disse...

Olá, Gilvan

Olha eu por aqui.
Minha opinião é: não me casaria.
Curtiria a vida a dois e com os amigos. Viajaria, sairia bastante e aproveitaria cada dia como se fosse o último! Mas sem oficializar a união.

Beijos